segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Os Melhores não são os que Fazem Mais Gols

O mundo do futebol diz que Messi e Ronaldo são os melhores jogadores de futebol da história.


No começo do basquete, as pessoas consideravam que os melhores jogadores eram os que faziam cestas.

Hoje, as pessoas sabem que os melhores não são os que acertam mais cestas, mas os que acertam mais proporcionalmente, que recuperam mais bolas e que perdem menas bolas. 

Eles perceberam o óbvio. Um arqueiro que atira 30 flechas e acerta 12 é melhor que o arqueiro que atira 150 e acerta 20. 


Por que no futebol as pessoas consideram que os melhores jogadores são os que fazem mais gols? 

Porque no futebol os times têm 11 jogadores, ao invés de 5, porque os números de gols das partidas de futebol são menores do que os números de cestas das partidas de basquete e porque muitas pessoas formam suas opiniões vendo programas que só mostram os gols das partidas.

As pessoas não conseguem analisar os jogadores individualmente e não conseguem perceber quais jogadores realmente ajudam o time e quais realmente prejudicam.

Os créditos pelos acertos do time vão para Messi e Ronaldo, e os erros de Messi e Ronaldo são diluídos pelo time e compensados pelos outros jogadores. 


Messi e Ronaldo são os jogadores que têm as piores médias de chutes por gol, são os jogadores que mais perdem a bola e são os jogadores que menos recuperam a bola no mundo. 

Como Messi e Ronaldo conseguem ser artilheiros? 

Pense que numa escola de futebol, o professor tire o aluno gordo, monte um time com os 10 melhores e outro com os 11 piores, coloque o gordo no time que está os melhores, mande os jogadores desse time jogarem prioritariamente para que o gordo faça gols e cometa erros de arbitragem favorecendo esse time. 

No final da partida, quem você acha que vai ter feito mais gols? 


Nem sempre o aluno gordo será o artilheiro da partida da mesma forma que nem sempre Messi e Ronaldo foram os artilheiros das partidas. 

Se o professor fizesse o mesmo num jogo de basquete, o time com os 4 melhores dificilmente ganharia e o aluno gordo dificilmente seria o maior pontuador, porque somente 4 jogadores não conseguiriam compensar os erros do gordo e porque o gordo faria poucas cestas de fora da área. 

O Barcelona e o Real Madrid, por serem times de 11 jogadores, por gols de fora da área não valerem mais do que gols de dentro da área, por gols que não são de pênalti não valerem mais do que gols de pênalti, por serem os melhores times do mundo, por estarem muito à frente dos outros times e por terem a ajuda da arbitragem, conseguiam ganhar mesmo com essas âncoras.

Argentina e Portugal estão entre as melhores seleções, mas não têm tanta força para conseguir ganhar carregando essas âncoras. 

Portugal teve a sorte de pegar seleções fracas até a final da Eurocopa e de Ronaldo se machucar contra a França. 

Se Ronaldo não tivesse se machucado, provavelmente ele pela sua seleção só teria vices como Messi. 


Se amarramos uma âncora de alguns quilos a um grupo de pessoas, se dizermos a eles que a âncora os fará mais rápidos e se eles acreditarem, eles se tornarão mais rápidos.

Quando tirarmos a âncora deles, eles mesmo mais leves, não correrão como antes. 

O único benefício que Messi e Ronaldo trazem aos seus times, é psicológico.

Os outros 10 jogadores ficam melhores, mas Messi e Ronaldo prejudicam muito o time.

Eles ajudam os seus times psicologicamente, mas os prejudicam futebolisticamente. 


No futuro, da mesma forma que aconteceu com o basquete, as pessoas vão perceber que os melhores jogadores não são os que acertam mais, mas os que acertam mais proporcionalmente, que recuperam mais bolas e que perdem menas bolas. No futebol isso está demorando mais do que demorou no basquete por causa que o alto número de jogadores, o baixo número de gols e os programas que as pessoas assistem dificultam que elas percebam.

Os melhores não são os que fazem mais cestas e os que fazem mais gols. Os melhores são os que mais ajudam o time.

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